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Esperar para ver… é um conselho popular avisado e que muito nos deve orientar, mesmo na nossa vida particular, não menos nas nossas “intervenções” públicas.
Ontem, nas Madragoas, compulsando jornais descobri no jornal “I”, na rúbrica “A FECHAR” este título: Governo quer reduzir tarifas aéreas entre Açores e Continente. Fiquei perplexo julgando tratar-se do governo de Passos Coelho, mas logo vi que não havia engano e a notícia elucidava: “HORTA – O novo secretário Regional do Turismo e Transportes, Vitor Fraga, assumiu ontem o compromisso de reduzir as tarifas aéreas entre os Açores e o Continente e de abrir o mercado aos operadores low cost. O governante, que discursava no parlamento açoriano, reunido na cidade da Horta para a discussão do programa do governo para os próximos quatro anos, entende que o actual sistema de transportes aéreos garante regularidade e fiabilidade, mas enferma de custos elevados para os utilizadores.”
Com esta notícia fiquei curioso e “busquei na net” essa intervenção do novel secretário (corvino de nascença) e encontrei outras desassombradas afirmações de índole político-programática que achei por bem aqui transcrever do site do governo www.azores.gov.pt: ”Vítor Fraga apontou a elaboração de legislação que levará à “criação do Tráfego Regional como forma de dinamizar os operadores inter-ilhas, permitindo liberdade de circulação em todo o arquipélago”, a implementação de “um circuito regular de passageiros e mercadorias, pela empresa da Região, em sistema de carga rodada, entre as ilhas do Grupo Central, e com um tarifário equilibrado que sirva de regulador do mercado”, integrando a ilha do Corvo neste sistema, de forma a promover a “manutenção das concessões de transporte marítimo de passageiros e mercadorias das Flores para o Corvo”.
E anoto est’outra citação: “Tendo em conta que “o sistema de Obrigações de Serviço Público para as ligações ao Continente apresenta potencial de diminuição dos preços dos bilhetes, bastando para isso a abertura do sector, ainda que regulada, a outros operadores que tragam para o mercado agressividade comercial e salutar concorrência, com benefícios claros para os utentes”, Vítor Fraga disse aguardar “com expetativa, a resposta do Governo da República à proposta de alteração das Obrigações de Serviço Público que lhe foi apresentada”. Este novo modelo “terá que manter as actuais gateways e o sistema de subsidiação dos encaminhamentos(a), impondo simultaneamente um maior número de ligações directas ao Porto”. É também intenção do Governo dos Açores “introduzir uma aeronave dedicada que permitirá a regularidade no transporte de bens e a flexibilidade de preços no mercado Continente-Açores, assim possibilitando que sejam praticadas tarifas mais baixas no transporte de carga”. (fim de citação do site www.azores.gov.pt)
Por mim é de aplaudir estas soberanas intenções e até não posso deixar de referir o que escrevi sobre este tema em 24 de Outubro último: “é necessário conjugar esforços e então não se deve descurar mas, até tentar, equacionar algumas aportações positivas da oposição eleita e que constam do seu compromisso eleitoral - claro que me refiro à nossa ilha - como a que mais foi propalada: mais uma nova ligação semanal imediata, Lisboa – Pico, pois esta é uma medida que entronca com os dois governos: o da República (PSD/CDS) e o Regional dos Açores (PS). A união, aqui, poderá “fazer a força” que têm faltado neste desiderato e nas últimas e quentes semanas de campanha eleitoral.”
Então, caros leitores, com o Programa do XI Governo dos Açores aprovado e com a resolução sobre a requalificação da Lei de finanças das Regiões Autónomas aprovada por unanimidade, hoje na ALRA, sobram factores de união num trabalho político em busca do bem comum de todos os Açorianos, também passando por aqui: melhoria de acessibilidade aérea do Pico para Lisboa, em preços e em número de voos semanais.
Então ficamos a “esperar para ver”…
- Sublinhado nosso
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